23 de julho de 2009

Volume de chuvas na Paraíba deve aumentar até 30%

As temperaturas do Agreste, Brejo e Litoral do Estado da Paraíba devem oscilar em 2ºC acima da média, e as chuvas devem aumentar de 20% a 30% na mesma região, no próximo trimestre. Os dados foram divulgados na tarde de ontem pela Previsão Climática, resultado da 8ª Reunião de Análise e Previsão Climática para o Nordeste do Brasil – ano 2009, promovida pela Agência Executiva de Gestão das Águas no Estado da Paraíba (Aesa), desde a última terça-feira, no auditório da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
De acordo com o meteorologista da Aesa Alexandre Magno de Medeiros, o Estado já está no período de estiagem. “Mesmo prevendo um aumento de 20% a 30% nas chuvas que ocorrerão nos próximos três meses, é importante considerar que a partir do final de agosto já estamos entrando no período de estiagem na faixa leste paraibana, composta pelo Agreste, Brejo e Litoral do Estado”, frisou. Conforme a Aesa, a média histórica de chuva no próximo trimestre em João Pessoa é de 235,6 mm, já em Campina Grande (Agreste) é de 98,1 mm e Guarabira (Brejo), 146,4 mm.
As temperaturas aumentam por conta da diminuição da nebulosidade na região. “Com menos nuvens, a temperatura está mais propensa a oscilar em até 2ºC acima das médias máximas e mínimas, o que deveremos perceber até outubro”, frisou Alexandre Magno. Segundo a Aesa, no Agreste, Brejo e Litoral a temperatura média máxima varia de 28 a 31 graus, já a média mínima varia de 17 a 21 graus.
Segundo a também meteorologista da Aesa, Marle Bandeira, “as condições oceânicas e atmosféricas globais estão favoráveis às chuvas que vêm ocorrendo desde o começo do ano no Estado. Mas o que realmente dá a qualidade a este período chuvoso são as condições de temperatura na superfície do mar no Oceano Atlântico, que está maior na costa do Nordeste”, destacou.
A previsão climática focou apenas a faixa leste do Estado da Paraíba. “Foi preferido analisar apenas as regiões Litoral, Brejo e Agreste do Estado porque o Cariri, Curimataú e Sertão já tiveram os seus períodos de chuva, neste ano. Isso não impede a presença de chuvas isoladas nessas regiões, porém não serão tão frequentes como as da faixa leste do Estado”, ressaltou Marle. Outra novidade apontada foi a possibilidade da chegada do El Niño no início de 2010, de forma leve, na Paraíba. Segundo os pesquisadores, o efeito deve interferir na temperatura do Oceano Atlântico, provocando modificações no clima do Estado.

VOCÊ SABIA QUE: Déficit da Previdência aumenta 10,7% no primeiro semestre em relação a mesmo período de 2008

O déficit geral da Previdência Social registrado no mês de junho foi de R$ 3,381 bilhões, valor 22,9% maior do que o registrado em maio (R$ 2,751 bilhões), e 12,5% maior do que o registrado em junho de 2008 (R$ 2,863 bilhões). Em junho de 2007 o saldo negativo estava em R$ 2,778 bilhões.

No acumulado do ano, o déficit está em R$ 21,547 bilhões, com R$ 82,88 bilhões arrecadados (5,4% a mais do que o arrecadado no mesmo período de 2008) e R$ 104,428 bilhões pagos (6,4% a mais do que o pago em igual período do ano passado). No primeiro semestre do ano passado o déficit foi de R$ 19,458 bilhões. No acumulado do ano, representa um aumento de 10,7% em relação ao primeiro semestre de 2008.

Os dados fazem parte do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e foram divulgados hoje (21) pelo secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer. "Em grande parte esse aumento [de 10,7% do primeiro semestre de 2009 em relação a 2008] é justificado pelo reajuste real do piso previdenciário, que foi antecipado em um mês, na comparação com 2008, e ao pagamento de sentenças judiciais, que teve um crescimento de 15,2%, elevando a despesa no primeiro semestre", justificou o secretário. Segundo ele, a previsão de déficit total da Previdência Social para todo o ano de 2009 estará entre R$ 40 bilhões e R$ 41 bilhões.

A Previdência Social urbana arrecadou, em junho, R$ 13,642 bilhões e pagou R$ 13,956 bilhões, resultando em um déficit de R$ 314 milhões. No mesmo mês de 2008 o déficit estava em 168 milhões.

Já o déficit da Previdência Social rural ficou em R$ 3,067 bilhões, com R$ 421,7 milhões arrecadados e R$ 3,489 bilhões pagos em benefícios. Em 2008 o déficit registrado foi de R$ 2,6 bilhões.