25 de maio de 2009

O deputado federal, Rômulo Gouveia (PSDB), deixou claro na tarde de hoje(25), em entrevista ao programa Correio Debate da 98 FM, que não pretende se curvar aos possíveis assédios de lideranças políticas que querem lançar um nome de fora da base PSDB / DEM para o governo do estado em 2010 e reiterou que Cícero Lucena é uma dos seus favoritos para o próximo pleito. “O senador Cícero Lucena já mostrou interesse na disputa e estou certo de que ele é um bom nome para 2010. Também temos o nome de Efraim Morais e isso só mostra que não precisamos de nenhum nome de fora do grupo”, disse Rômulo se referindo claramente ao prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB). Ao ser questionado sobre supostas declarações do ex-governador, Cássio Cunha Lima (PSDB), para que o leque de alianças seja ampliado, Rômulo disse que cada um tem o direito de defender sua tese, mas se manteve firma na certeza de que não será subserviente e repetiu que a oposição conta hoje com os nomes de Efraim Morais e Cícero Lucena. “Não tenho dúvida que temos condições de formar uma chapa com condições de vencer as eleições de 2010”, insistiu. Rômulo aproveitou a entrevista para fazer críticas ao governo de José Maranhão e apontar nas caminhadas do senador Cícero Lucena pelo estado um elemento que contaria a favor do tucano.

Da redaçãoClickPB

CNH irregular: Detran afasta servidores e descredencia autoescola

Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito – Detran, Roberto Toscano Lins, Lindemberg Morais de Santana Filho, Marciola Santana de Lacerda, Ana Maria Coura Tratay e José Ricardo da Costa Machado e Tereza Cristina Mororó Melo foram afastados de suas funções pela direção do órgão.
O coronel José Américo Estrela Uchoa, superintendente do Detran, todos são acusados de modificar os códigos dos resultados de exames de Legislação, Psicotécnico e Direção, para que beneficiar candidatos inaptos, inclusive analfabetos, ou que anteriormente tenham sido reprovados em alguma das etapas, conseguissem aprovação nos exames obrigatórios para obtenção de Permissão para dirigir veículos automotores e renovação ou mudança de categoria da Carteira Nacional de Habilitação.
Para esta terça-feira, 26, está prevista a publicação de novas portarias no Diário Oficial do Estado com o afastamento de mais dois funcionários do Detran e o descredenciamento de uma auto-escola, cujo nome não foi informado pela direção.

Fim antes do começo: Prefeitura de João Pessoa deve abortar “Escola Nota 10”

A Prefeitura Municipal de João Pessoa deve sepultar nos próximos dias, sem alarde, o Escola Nota 10. O projeto que consumiu alguns milhões de reais do contribuinte de divulgação na mídia jogava nos ombros dos financeiramente esquálidos professores a responsabilidade da Prefeitura na oferta de um serviço de educação de qualidade sob a promessa do pagamento de um 14º salário. A idéia do governo Ricardo Coutinho (PSB) lançada no dia 17 de março último e que buscava alcançar o índice excelência em educação, segundo o professor municipal José Mário, é uma cópia mal engendrada de iniciativa de cidades como São Paulo. “Além do mais, foi baixado por decreto. Ninguém do magistério foi consultado”, revela. O Mostrengo da Educação – termo usado pelos professores para classificar o Escola Nota 10 – deixa a desejar nos seus objetivos e tornava complicado a missão de educar. “Como poderíamos alcançar os resultados pretendidos pela prefeitura se tínhamos até a responsabilidade de reduzir o consumo de água e energia elétrica?” Indagou JSC (não pode colocar o nome completo com medo de represália). Os professores lembram ainda que a redução desses dois itens, cujo gasto mensal da Prefeitura ultrapassa os R$ 400 mil, era impossível de ser alcançado já que a SP Alimentação – empresa responsável pela merenda escolar do município – não tem dó nem piedade no uso da água e da energia das escolas. Os professores da rede municipal de ensino da Prefeitura João Pessoa revelaram que na avaliação dos seis indicadores para receber o prêmio do 14º salário determinava que fosse economizado até ‘cotoco’ de giz. O Escola Nota 10, de caráter obrigatório em todas as 92 unidades de ensino, obrigava também o professor a vigiar e a conservar o patrimônio municipal. O dinheiro do 14º salário só seria pago se fosse alcançado 100% da meta. Fernando RodriguesClickPB

Maranhão anuncia R$ 1 bilhão em obras na Paraíba

O governador José Maranhão anunciou o investimento de cerca de R$ 1 bilhão em obras proporcionarão o desenvolvimento econômico e social da Paraíba. O anúncio ocorreu durante entrevista coletiva à imprensa de Campina Grande, logo após a abertura do Seminário Regional de Artesanato, no Garden Hotel.
Na visita ao Hospital da FAP, o governador assinou ato de doação no valor de R$ 292 mil, que vão garantir a concretização da compra de um acelerador linear. Em entrevista coletiva à imprensa, Maranhão revelou que estão previstos investimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão em novas construções e conclusão de obras, a exemplo dos Sistemas Adutores de Acauã, Congo e do Projeto de Irrigação das Várzeas de Sousa, além da construção do sistema adutor de Capivara, do Centro de Convenções de João Pessoa, de 36 hospitais – dos quais 12 prioritários – e de 19 escolas.
Estão previstas também a execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Água e Saneamento, do Projeto Cooperar e a duplicação da BR-104. A conclusão do Hospital de Trauma de Campina Grande deverá consumir cerca de R$ 100 milhões. Maranhão disse esperar que sua estrutura física fique pronta até o final do ano, faltando apenas a aquisição dos equipamentos.
Entre as obras específicas para a cidade de Campina Grande, o governador citou a construção da adutora de São José, a duplicação da BR-104, que liga a cidade ao município de Caruaru, em Pernambuco, onde serão investidos cerca de R$ 300 milhões em parceria com o Governo Federal, que já delegou a obra ao Governo do Estado, a exemplo do que fez com a duplicação da BR-230

Nova Lei Orgânica do TCE prevê de multa a afastamento de prefeitos

Há cinco meses tramitando pelas comissões na Assembleia Legislativa (AL-PB), o Projeto de Lei Complementar nº 18/2008, que modifica a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), está longe de ter a aprovação dos prefeitos. É que, caso seja aprovada, pode resultar, inclusive, no afastamento temporário dos gestores. O “tendão de Aquiles” dessa nova lei, por enquanto, ainda é a elevação do valor da multa a ordenadores de despesas, que passará dos atuais R$ 2.805 para R$ até R$ 15 mil. Após muita “chiadeira” dos gestores municipais, esse valor, admite o tribunal, poderá cair um pouco mais: R$ 10 mil. A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba, e deputados estaduais já se preparam para apresentar emendas atendendo a pressões. O projeto deve ser votado na próxima terça-feira.O presidente da Comissão de Constituição, Redação e Justiça da Assembleia, deputado estadual Zenóbio Toscano, já adiantou a possibilidade de redução da multa para até R$ 10 mil. A primeira proposta do TCE, entretanto, trazia uma multa de até R$ 50 mil. Os prefeitos consideraram o valor alto e questionaram como se daria o escalonamento dessa multa. O valor foi debatido, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, com a presença do presidente do TCE-PB, conselheiro Nominando Diniz, representantes da OAB-PB, dos prefeitos e ainda com parlamentares da Casa. Como o assunto já havia sido discutido anteriormente em reuniões entre o presidente Nominando Diniz e as entidades, durante audiência pública, o conselheiro Nominando já tinha uma nova proposta, reduzindo o valor máximo da multa para até R$ 15 mil. A redução para R$ 10 mil está proposta em uma das emendas. A Famup, em defesa, claro, dos 223 prefeitos paraibanos, levantou uma série de questionamentos com base no texto do projeto da nova lei. O artigo 77, que dispõe sobre medidas cautelares, seria um deles. O prefeito Rubens ‘Buba’ Germano (PSDB), presidente da Federação, avalia que, de acordo com este artigo, a Corte de Contas do Estado, um órgão de caráter administrativo, que controla, fiscaliza e faz o acompanhamento técnico, acabaria ganhando prerrogativas de Judiciário. O que permitiria, por exemplo, determinar o afastamento do gestor no início ou durante um processo. O artigo 77 da lei diz que o tribunal poderá adotar, como medida cautelar, “o afastamento temporário do responsável, se existirem indícios suficientes de que, prosseguindo no exercício de suas funções, possa retardar ou dificultar auditoria ou inspeção, causar danos aos cofres públicos ou inviabilizar o ressarcimento do prejuízo ou restabelecimento do estado anterior”. Para a Famup, o TCE poderia apenas “recomendar” ao chefe do Poder competente o afastamento temporário do responsável
e não efetivamente afastá-lo. Em consonância com a Famup, a OAB-PB afirma que este dispositivo é inconstitucional porque, ao afastar o responsável por dinheiro público, o tribunal estaria exercendo atribuição pertencente ao Poder Judiciário. O Tribunal de Contas se defende e alega que o projeto visa à modernização da Lei Orgânica, adequando-a à atual legislação, bem como às inovações empreendidas na atividade fiscalizatória, para atender às necessidades do controle externo do tribunal. “Tudo está devidamente embasado na legislação em vigor no Brasil, o tribunal está apenas adaptando”, explicou o presidente Nominando Diniz.
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