12 de agosto de 2009

Marina Silva quer ser candidata à Presidência


A senadora Marina Silva (PT-AC) ainda não respondeu ao convite do PV para se candidatar à Presidência pelo partido em 2010, mas numa entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, 11, em seu gabinete, deixou claro que pretende mesmo disputar a sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva.

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Indagada se não tinha medo de perder o mandato de senadora, caso mude para o PV, e o PT exigir a vaga para o partido, Marina foi firme e categórica na resposta: "Quando falo de algo da magnitude do que estou fazendo, não seria o medo da perda do mandato que me faria desistir do que acredito e do que defendo. O mandato é uma honra que recebi do povo acreano. O cálculo político apequena o debate".

Outro indicativo da disposição de Marina está na resposta que ela deu à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata a presidente pelo PT, que fez um apelo para que não saia do partido: "Fiquei sabendo que ela fez um apelo e disse que me entende. Afinal, ela saiu do PDT para ir para o PT e sabe como é isso."

Marina disse que está analisando o convite que recebeu do PV há 12 dias para mudar de partido e para se candidatar à Presidência. Garantiu que pretende dar uma resposta rápida, embora não queira definir uma data. "Estou conversando com as pessoas. Já falei com as pessoas do Acre, agora estou vendo com as do PT, partido ao qual pertenço há 30 anos", disse ela. Marina acrescentou que hoje a encanta a ideia de um projeto que tenha por tema central o desenvolvimento sustentável e o respeito ao meio ambiente como estratégia para o País.

Logo que chegou de Salvador, na manhã desta terça-feira, onde fora consultar o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) a respeito do convite que recebeu do PV, Marina foi procurada por José Eduardo Dutra, atual presidente da BR Distribuída, ex-senador (SE) e candidato a presidente do PT. Dutra tentou demovê-la de sair do PT. "É um desfalque muito grande", apelou ele. Marina afirmou que está num momento de reflexão a respeito da proposta do PV, não só para ser candidata a presidente, mas para um projeto de desenvolvimento sustentável como estratégia para o País.

Rômulo desmente disputa interna com Cícero

O deputado federal Rômulo Gouveia (PSDB) descartou, no final da tarde desta terça-feira (11), a disposição de concorrer internamente com o senador Cícero Lucena (PSDB) no partido a indicação para sair candidato ao Governo do Estado, em 2010. .De acordo com o deputado federal tucano, a especulação sobre uma suposta disputa interna com o senador Cícero Lucena, como pré-candidato ao governo do Estado surgiu de uma indagação do ex-deputado Gilvan Freire (sem partido), durante almoço ocorrido na última semana. Na ocasião, estavam presentes os deputados Ricardo Marcelo (PSDB) e Aguinaldo Ribeiro (PP)."Reafirmei apenas o que tenho dito em todas as entrevistas de que, como integrante do partido, estou à disposição do PSDB para o que der e vier, que é algo pelo qual concorda, inclusive, o presidente da legenda no Estado, o senador Cícero Lucena", observou Rômulo Gouveia.Rômulo Gouveia assegurou que, como todo o partido, aguarda com ansiedade o retorno do ex-governador Cássio Cunha Lima à Paraíba, para só então conhecer as coordenadas sobre os rumos que o grupo liderado por ele vai adotar. “Eu sou candidato a governador, a vice, a deputado federal e a qualquer coisa que o comando do partido quiser, dependendo do que eles queiram, eu entro em qualquer disputa”, destacou.
PB Agora

Estados e municípios vão receber 800 mil kits para tratamento de gripe suína

Estados e municípios vão receber neste mês 800 mil kits para o tratamentos da influenza A (H1N1) – gripe suína. A informação foi divulgada hoje (11) pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante debate sobre a doença no plenário da Câmara dos Deputados. Ao comentar as críticas sobre a distribuição do medicamento Tamiflu, Temporão afirmou que a recomendação de evitar o uso indiscriminado do remédio será mantida. Segundo ele, algumas pessoas vêm defendendo a “banalização” do uso do medicamento. “É uma medida perigosa”, disse, ao acrescentar que casos de resistência do vírus Influenza H1N1 ao Tamiflu já ocorreram em países como o Canadá e a China.Sobre a indisponibilidade do remédio nas farmácias, ele garantiu que a decisão foi tomada pelo ministério em parceria com o laboratório produtor e que a medida é uma das recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “No Brasil, infelizmente, a automedicação é rotina. O cenário cultural cria problemas.”De acordo com o Ministério da Saúde, 178 países já foram afetados pela influenza A (H1N1) – gripe suína –, com um total de 162.380 casos confirmados. Mas o número, de acordo com Temporão, é “subestimável”, uma vez que muitos países – incluindo o Brasil – passaram a contar apenas os casos mais graves da doença.“Ainda temos pouca informação para prognósticos robustos [sobre a proliferação da doença. Muitas perguntas ainda não têm respostas”, ressaltou.

Oposição recorre contra arquivamento de denúncias e representações contra Sarney

A oposição recorreu hoje (11) ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado contra o arquivamento de três representações e de três denúncias contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). O presidente do conselho, Paulo Duque (PMDB-RJ), justificou o arquivamento argumentando que não existem provas contra Sarney nas representações, que foram baseadas em notícias de jornais.Ontem (10) a oposição entrou com recurso contra o arquivamento de três denúncias e uma representação contra Sarney. Ainda falta recurso contra o arquivamento de uma representação apresentada pelo P-SOL. Ao todo, o conselho arquivou 11 representações e denúncias contra o senador Para que elas sejam desarquivadas e se abra processo por quebra de decoro parlamentar, são necessários os votos de metade mais um dos membros do Conselho de Ética, formado por 15 senadores – dez da base governista e cinco da oposição. A votação para o desarquivamento é aberta.Se alguma das representações for desarquivada e o processo instaurado, será nomeado um relator para o caso, haverá o processo de investigação e o acusado terá amplo direito de defesa. Depois disso, o relator apresentará seu voto, que poderá ser pela absolvição ou pela imputação de penas que vão da advertência verbal à cassação do mandato. A decisão final sobre qualquer punição, no entanto, é do plenário do Senado, em votação secreta.
Ag Brasil

Sai acordo entre PT e oposição pelo fim da crise

Sob ataque do grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que é comandado pelo peemedebista Renan Calheiros (AL), a oposição fechou ontem um acordo com os líderes da base aliada do governo. Pelo acordo, a oposição encerrou a guerra dos discursos no plenário, o que devolve a Sarney as condições políticas para presidir a Casa.O acordo prevê também que todas as questões jurídicas e disputas políticas em torno das representações contra Sarney e o líder dos tucanos, Arthur Virgílio (AM), ficam circunscritas ao Conselho de Ética. Não há mais espaço político para fazer acusações a Sarney no plenário - o que minava a autoridade do presidente da Casa. Quem for derrotado no Conselho de Ética também não vai recorrer ao plenário."Ninguém pode cobrar de ninguém um acordo de mérito, mas podemos definir um acerto de procedimento e encerrar tudo no Conselho de Ética, sem contaminar o plenário", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ao explicar o entendimento.O sinal mais evidente de que a oposição depôs as armas e parou de acuar Sarney no plenário foi o tom dos discursos tucanos feitos ontem à tarde.
Estadão