Segundo denúncia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, recursos públicos destinados pela Petrobras à Fundação José Sarney, por meio da Lei Rouanet, teriam sido desviados para firmas fantasmas e empresas da família do senador. A fundação é uma entidade privada, criada para preservar a memória do senador maranhense, reunindo e expondo ao público, em São Luís, material do período em que ele ocupou a Presidência da República e reproduções de sua obra literária.
“É possível que a Fundação José Sarney seja investigada. Vamos receber as informações, avaliar os dados e verificar quem vai ser investigado”, afirmou o senador Romero Jucá, líder do governo no Senado. “Esses contratos de patrocínio estão no foco da CPI e vão ser analisados pela comissão, para que tenhamos a condição de montarmos um retrato do funcionamento hoje e até propor mudanças e mais transparência”.
O senador João Pedro fez coro às declarações de Jucá, explicando apenas que caberá ao próprio relator averiguar a necessidade de convocar Sarney a depor.
“Devemos investigar tudo que chegar à CPI. O relator tem liberdade para apresentar um requerimento, que nós iremos analisar, debater e aprovar ou não. Acho que nós não podemos começar dizendo que faremos ou não faremos isso ou aquilo. A CPI tem que trabalhar com as proposituras que recebermos”, comentou o senador.
Já para o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), as prioridades da comissão devem ser investigar suspeitas de superfaturamentos em contratos da Petrobras, como os de obras realizadas na Refinaria Abreu e Lima, localizada na região metropolitana de Recife, e o “desvio de recursos da estatal para o PT, com fim político-eleitoral”. Mesmo assim, o senador de oposição também não descarta a necessidade de a CPI ouvir Sarney.
Agencia Brasil