27 de julho de 2009

Prefeitos anunciam demissões para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal

O prefeito do Conde, Aluísio Régis (PMDB), decidiu adotar uma medida drástica para readequar as finanças da Prefeitura à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina a cada administração o comprometimento de até 55% dos seus gastos com folha de pessoal: demitir 100 servidores. O gestor disse ontem que o problema foi gerado pela diminuição dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do aumento do salário mínimo. Este ano, a folha de pessoal da Prefeitura Municpal do Conde já ultrapassou o permitido por lei, chegando a 64%.

“Fechamos 2008 dentro da normalidade com o mesmo número de funcionários, mas aí os repasses chegaram normalmente e nós conseguimos fechar o ano dentro dos 55% permitidos”, disse. A mesma situação já começa a afetar outros municípios, a exemplo de Lucena e Taperoá. Já em Guarabira, a prefeita Fátima Paulino afirmou que está fazendo cortes em outras áreas para manter intacto o funcionalismo.

Segundo o prefeito, se a situação for mantida, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) deve responsabilizar a prefeitura pelo crime de responsabilidade. “Eu tenho que agir dessa forma porque eu não quero ficar inelegível. Tenho 17 mandatos e 12 contas aprovadas. Quero terminar a minha gestão com minhas contas em dia, dentro da lei, sem nenhum problema com a Justiça”, afirmou.

Paraibanos devem gastar, somente em 2009, R$ 623 milhões com produtos de beleza

Uma combinação de aumento de renda da classe C, valorização da estética como necessidade, diversificação de marcas e produtos de beleza para todas as classes sociais e o crescimento da vaidade masculina tem provocado um crescimento robusto no consumo da linha de cosmético entre os consumidores paraibanos. A estimativa deste ano é de um gasto de R$ 623 milhões em produtos de higiene e cuidados especiais, segundo dados da consultoria Target Marketing. O montante significa uma alta de pelo menos 20,6% quando comparado ao mesmo período do ano passado no consumo desse segmento. Se comparado ao consumo de 2006 (R$ 317,7 milhões), este ano será praticamente o dobro (96,5%).
Mesmo em meio à crise econômica e sem qualquer ajuda governamental, como vem acontecendo com alguns setores da economia, que tiveram incentivos por meio de desoneração tributária para baratear os bens e produtos (veículos, material de construção e alguns eletrodomésticos), a indústria de beleza tem sido uma das menos atingidas pela crise financeira internacional, principalmente no consumo final, por isso esse segmento tem sido apelidado do grupo seleto dos “sem-crise” pelo fato de não demitirem, manterem os investimentos deste ano e, de quebra, crescerem muita acima da média de vários setores e mais ainda sobre o PIB do Brasil.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Paraíba (Fecomércio-PB), Marconi Medeiros, diz que “a busca constante das pessoas em se apresentarem bem na sociedade e a preocupação dos homens com a estética agregou um número maior de consumidores que anteriormente o mercado não tinha produtos e serviços, por isso que não é à toa que esse mercado vem expandindo em vendas”. Medeiros aponta que a segmentação de produtos para o mercado tem sido uma tendência. Eles vão desde produtos infantis, passando por adolescentes, jovens e adultos, chegando até a terceira idade.
Para confirmar o descolamento da crise econômica financeira do setor de beleza, houve aumento de 18% nas vendas da indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no primeiro semestre deste ano. A taxa de aumento é nominativo (não desconta a inflação do período), mas fez com que a previsão de expansão do setor passasse de 5% para 11%, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Atualmente, o Brasil é o 3º maior consumidor do setor com US$ 28,77 bilhões, perdendo apenas para o Japão e os EUA. Nos últimos 12 anos, a indústria de cosméticos registrou um crescimento médio anual de 10,9%, acima do Produto Interno Bruto (PIB), que atingiu apenas 2,8%. “Segundo as projeções dos analistas, o Brasil, deverá se tornar o segundo maior mercado de cosméticos e perfumarias do mundo em 2011, o que justifica ao afirmar esse prognóstico está numa grande oportunidade de negócio. Os empreendedores paraibanos devem, portanto, atentar para esse fato e se planejarem para atuar nesse segmento”, aponta o economista Martinho Campos Leal.

Helicóptero de Cícero faz pouso forçado por segurança e senador caminha 2 horas até Gurjão

O senador Cícero Lucena (PSDB) passou por momentos difíceis no final da tarde deste domingo, 26, quando o helicóptero que esta usando para visitar as cidades do interior do estado em pré campanha ao governo do estado apresentou problemas técnicos e o piloto teve que fazer um pouso de emergência. O senador teve que caminhar cerca de duas horas em companhia do piloto e de um assessor até a cidade de Gurjão.

De acordo com as primeiras informações, o piloto resolveu pousar quando a luz do combustível ascendeu faltando 12 quilômetros para chegar a cidade de Gurjão onde o senador faria mais uma visita. Ele saiu de Santana dos Garrotes.

O senador teve que caminhar no meio do mato se orientando pela rede de alta tensão até localizar as primeiras moradias onde pediu ajuda.

Lucena participaria da procissão da festa da padroeira de Barra de Santana, também no Cariri, mas a agenda teve que ser alterada. Pela manhã, Cícero havia participado, em companhia do senador Efraim Morais, da missa de Santa Ana, a padroeira de Santana dos Garrotes.

Depois de almoçar na casa de dona Geni, mãe do jornalista José Euflávio, o senador embarcou às 15h em companhia apenas do piloto e do jornalista Carlos César. Euflávio "foi proibido" por dona Geni de embarcar também e voltou por terra em companhia do senador Efraim Morais.

Ao deixar a residência de dona Geni, após o almoço, Cícero a presenteou com um terço que trouxe do Vaticano o ano passado.