26 de junho de 2009

Trajetória musical de Michael Jackson confirma condição de maior artista pop do mundo


Além da música, a astúcia do artista para os negócios e a compreensão intuitiva sobre o mercado da música permitiram ampla divulgação e promoção dos seus talentos. Também por conta disso, ele vendeu milhões de álbuns e quebrou diversos recordes na indústria do entretenimento.

Com a presença vocal de artistas como Marvin Gaye e Stevie Wonder e a os movimentos de dança tão peculiares quanto os de James Brown, o sucesso de Michael Jackson ultrapassou fronteiras nacionais e raciais.

O primeiro passo do artista no mercado da música aconteceu em 1968, com a assinatura do contrato do grupo Jackson Five - formado por Michael e quatro de seus irmãos - com a gravadora Motown. Na época do lançamento do primeiro single, o artista tinha apenas 11 anos de idade.

O grupo se tornou o primeiro da história da música pop a ter quatro singles em primeiro lugar nas paradas de sucesso com as faixas I Want You Back, ABC, The Love You Save e I'll Be There.

Não demorou para que Michael Jackson se tornasse o centro das atenções e superasse o sucesso dos irmãos.

Ascenção


Mas foi em meados da década de 70, enquanto Michael trabalhava no musical The Wiz – uma versão de O Mágico de Oz com elenco de atores negros, que ele conheceu o homem que o tornaria uma estrela e mudaria o mundo da música pop.

O produtor musical, compositor e arranjador Quincy Jones, autor de hits para artistas como Frank Sinatra e Aretha Franklin, transformou o talento do artista e ajudou na criação de um novo estilo musical.

A primeira colaboração entre os dois foi o álbum Off the Wall, de 1979. O disco foi o primeiro a ter quatro hits de um único artista entre os 10 primeiros sucessos da parada musical. Além da faixa título, Don't Stop Till You Get Enough,Rock With You e She's Out of My Life conquistaram o mercado da música.

Quatro anos mais tarde foi a vez de Thriller – o álbum que definiria a carreira de Michael Jackson. Sete das nove faixas que traziam uma mistura de disco, R&B e funk se tornaram hits e transformaram o disco no álbum mais vendido de todos os tempos, com pelo menos 65 milhões de cópias vendidas.

Foi também com Thriller que Michael Jackson imprimiu seu nome na história dos vídeo clipes. Depois de ter experimentado o meio com Off the Wall, Jackson elevou o vídeo clipe a um novo patamar.

O vídeo, de 14 minutos, custou cerca de U$ 500 mil e trazia efeitos especiais de última geração. Foi a partir de Thriller que a produção de um vídeo clip de sucesso se tornou uma espécie de obrigatoriedade para a carreira de qualquer estrela do pop. O vídeo também abriu as portas para a música negra no canal de televisão dedicado à música MTV.

Além do sucesso da carreira solo, Jackson também gravou uma série de duetos com Paul McCartney, que havia assinado uma das faixas de Off The Wall. Os dois realizaram diversas parcerias em discos e lançaram diversos hits como Say, Say, Say.

Fenômeno

O relacionamento entre os dois começou a se deteriorar em 1985, depois que Michael Jackson arrematou em um leilão, os direitos do catálogo da ATV, que incluía os direitos sobre sucessos de mais de 250 músicas compostas por John Lennon e Paul McCartney. A aposta do músico para a compra do catálogo superou a do próprio McCartney, assim como a de Yoko Ono.

No mesmo ano, o single We Are The World, parceria entre Jackson e Lionel Ritchie atingiu o topo das paradas de sucesso nos Estados Unidos.

O fenômeno Michael Jackson parecia invencível até 1987, com o lançamento de Bad, o terceiro e último disco da parceria com Quincy Jones.

O disco fez cinco hits, incluindo Man in the Mirror e Dirty Diana, e também rendeu um vídeo de 17 minutos, dirigido por Martin Scorcese, para promover a faixa-título e uma turnê de um ano que se tornaria a mais lucrativa da história até aquele momento.

No album seguinte, Dangerous, de 1991, Michael trouxe uma música mais crua do que os discos anteriores.

O encanto em torno do artista continuou, com hits como Heal the World e Black and White, que se tornaram sucessos mundiais, apesar das manchetes nos tablóides e casos na Justiça que começavam a ameaçar a reputação do cantor.

Desencanto

Mas em 1995, a compilação HIStory, com sucessos consagrados e material novo do artista, fracassou em encantar o público com a mesma intensidade dos trabalhos anteriores.

O disco apareceu ligeiramente nas paradas de sucesso, apesar dos mais de U$30 milhões gastos em campanhas publicitárias – o maior orçamento já usado para promover um álbum.

A razão do fracasso – seja o comportamento polêmico do artista, a crescente especulação sobre sua vida pessoal ou apenas o desvio do interesse do público para ritmos como o rap e o hip-hop – permanece aberta ao debate.

Um faixa em particular – They Don't Care About Us, que fazia uma alusão aos judeus, causou ultraje em muitas pessoas, inclusive o amigo de longa data do músico, o diretor de cinema Steven Spielberg, que considerou a música antissemita.

A participação do artista na cerimônia de entrega no prêmio musical Brit Awards, em 1996, quando apareceu rodeado por crianças e por um rabino, parece ter sido o estopim para muitos. Nessa ocasião, o músico Jarvis Cocker, da banda Pulp, interrompeu a apresentação de Michael Jackson, invadiu o palco e abaixou as calças.

TCU avalia os critérios de distribuição de recursos do Fundo de Participação de Municípios

O Tribunal de Contas da União (TCU) informou ao Congresso Nacional que a distribuição dos recursos do Fundo de Participação de Municípios (FPM) poderia levar em consideração o indicador de desenvolvimento humano das municipalidades, além do critério populacional, para maior efeito redistributivo. O TCU analisou os critérios de rateio dos recursos do fundo por meio de estudo da legislação e de análise da distribuição de valores do FPM em 2008.

O Fundo é um tipo de transferência intergovernamental de recursos da União para municípios, com o objetivo de minimizar as diferenças entre municípios.O objetivo do trabalho do TCU foi verificar se os critérios de repartição do FPM contribuem para a redução do desequilibro sócio-econômico entre as municipalidades. De acordo com a lei que regula a distribuição de recursos do FPM, o TCU é órgão responsável pelo cálculo dos valores a serem repassados aos municípios.

A distribuição de recursos do Fundo é feita de acordo com número de habitantes dos municípios, sem levar em conta o índice de desenvolvimento humano. Quanto menor a população, mais recursos ela recebe. De acordo com esse critério, as municipalidades foram divididas em pequenas, médias, grandes e muito grandes. De um total de 5563 municípios contemplados pelo Fundo, 4421 são considerados pequenos. Esses têm a população entre 804 habitantes e 29000.

Pelo critério de rateio, municípios de pequeno porte ganham mais do FPM, independentemente da renda per capita. Os municípios de médio porte que são muito pobres recebem cerca da metade dos recursos repassados a municípios pequenos, sejam eles pobres ou ricos. Verificou-se a necessidade de reformulação da legislação que regula o tema para incluir critérios de distribuição que incluam algum indicador de desenvolvimento sócio-econômico e não apenas número de habitantes. A legislação dessa parte é muito complexa e seus princípios não estão explicitamente definidos.

A avaliação do TCU foi feita por meio de comparação entre os valores recebidos pelo município do FPM e índices de desenvolvimento humano das municipalidades. A partir dos valores recebidos por cada município em 2008, foi calculado o valor per capita , a isso foi contraposto o índice de desenvolvimento humano do município.

Cópia da decisão foi enviada às Comissões de Assuntos Econômicos ,de Assuntos Sociais, de Constituição e Justiça e Cidadania do Senado Federal. Foi enviada também para as Comissões de Constituição de Justiça e Cidadania , de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. O ministro Walton Alencar foi o relator do processo.

TSE decide pela cassação do governador de Tocantins e por novas eleições

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram cassar o mandato do governador de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), e de seu vice, Paulo Sidnei Antunes (PPS), por prática de abuso de poder político.

Os ministros, por unanimidade, seguiram o voto do relator, ministro Felix Fischer. O recurso contra o governador do Tocantins e o seu vice foi apresentado no TSE por José Wilson Siqueira Campos, segundo colocado para o cargo de governador em 2006, que nao assumirá o governo, pois o pleno decidiu por nova eleição.

De acordo com decisão da maioria dos ministros, as eleiçoes em Tocantins serão pela via indireta, ou seja, através da Assembléia Legislativa.