A Prefeitura Municipal de João Pessoa deve sepultar nos próximos dias, sem alarde, o Escola Nota 10. O projeto que consumiu alguns milhões de reais do contribuinte de divulgação na mídia jogava nos ombros dos financeiramente esquálidos professores a responsabilidade da Prefeitura na oferta de um serviço de educação de qualidade sob a promessa do pagamento de um 14º salário. A idéia do governo Ricardo Coutinho (PSB) lançada no dia 17 de março último e que buscava alcançar o índice excelência em educação, segundo o professor municipal José Mário, é uma cópia mal engendrada de iniciativa de cidades como São Paulo. “Além do mais, foi baixado por decreto. Ninguém do magistério foi consultado”, revela. O Mostrengo da Educação – termo usado pelos professores para classificar o Escola Nota 10 – deixa a desejar nos seus objetivos e tornava complicado a missão de educar. “Como poderíamos alcançar os resultados pretendidos pela prefeitura se tínhamos até a responsabilidade de reduzir o consumo de água e energia elétrica?” Indagou JSC (não pode colocar o nome completo com medo de represália). Os professores lembram ainda que a redução desses dois itens, cujo gasto mensal da Prefeitura ultrapassa os R$ 400 mil, era impossível de ser alcançado já que a SP Alimentação – empresa responsável pela merenda escolar do município – não tem dó nem piedade no uso da água e da energia das escolas. Os professores da rede municipal de ensino da Prefeitura João Pessoa revelaram que na avaliação dos seis indicadores para receber o prêmio do 14º salário determinava que fosse economizado até ‘cotoco’ de giz. O Escola Nota 10, de caráter obrigatório em todas as 92 unidades de ensino, obrigava também o professor a vigiar e a conservar o patrimônio municipal. O dinheiro do 14º salário só seria pago se fosse alcançado 100% da meta. Fernando RodriguesClickPB
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