Ao tentar aprovar uma mera moção de apoio a um pedido de revisão, ao governo federal, sobre os critérios da aplicação de recursos do pagamento de aposentados na área de educação, o governador José Maranhão (PMDB) terminou por causar um momento de mal estar no Fórum dos Governadores do Nordeste, realizado nesta sexta-feira em João Pessoa.
Em sua exposição, José Maranhão tentou convencer os outros governadores que se mantiveram no encontro de que estava sendo injustiçado por uma decisão do governo federal, sem base legal, mas de caráter normativo. Segundo Maranhão, a atual gestão está sendo instada a pagar R$ 90 milhões por conta de que o governo anterior sempre incluiu nos custos da Educação o pagamento da folha de aposentados.
A proposta de Maranhão foi, em princípio, rebatida pelo governador Jaques Wagner, da Bahia, que disse não ver sentido na moção, por esta ter um mero efeito simbólico. Defendeu que, se o Estado estava se sentindo injustiçado, que recorresse às instâncias legais para rever a situação.
Intransigente
Sem recuar, Maranhão insistiu em sua tese de moção. Observou que seu antecessor nunca foi penalizado por incluir o pagamento dos aposentados como despesa da Educação, mas agora o governo federal exige que a atual gestão dê conta dos recursos, por interpretar que não é válido esse tipo de prestação de contas.
De maneira firme, Cid Gomes, do Ceará contestou o pedido de Maranhão e disse que discordava. O governador paraibano tentou manter sua postura, na condição de presidente da mesa, e procurou esboçar uma votação da proposta. Cid Gomes explodiu: - Com todo respeito, isso aqui não pode virar um parlamento nacional. Não somos crianças, para se tratar uma questão desta forma. Nesse caso, não se trata de um pacto de solidariedade. Devemos sempre procurar posições de consenso, mas se há dissenso, então eu vou pedir verificação de quorum.
Saída honrosa
Constrangido, José Maranhão ainda tentou retrucar, ensaiando até retirar a proposta de moção, embora tenha assegurado que voltaria a apresentá-la no próximo fórum. Por intervenção de representantes do governo federal, o governador paraibano terminou concordando em levar a questão à Câmara de Conciliação existente no âmbito federal para esse tipo de caso.
Em tom de ironia, perguntou se o colega Cid Gomes concordava. Ele, mantendo uma postura ríspida, disse que não tinha de concordar ou discordar, apenas se posicionava a favor daquilo que acredita. De qualquer forma, garantiu que não apresentaria qualquer restrição à proposta da Câmara de Conciliação.
Após o mal estar, José Maranhão encerrou o Fórum. Um almoço aguardava os governadores, no restaurante do Hotel Tambaú.
Em sua exposição, José Maranhão tentou convencer os outros governadores que se mantiveram no encontro de que estava sendo injustiçado por uma decisão do governo federal, sem base legal, mas de caráter normativo. Segundo Maranhão, a atual gestão está sendo instada a pagar R$ 90 milhões por conta de que o governo anterior sempre incluiu nos custos da Educação o pagamento da folha de aposentados.
A proposta de Maranhão foi, em princípio, rebatida pelo governador Jaques Wagner, da Bahia, que disse não ver sentido na moção, por esta ter um mero efeito simbólico. Defendeu que, se o Estado estava se sentindo injustiçado, que recorresse às instâncias legais para rever a situação.
Intransigente
Sem recuar, Maranhão insistiu em sua tese de moção. Observou que seu antecessor nunca foi penalizado por incluir o pagamento dos aposentados como despesa da Educação, mas agora o governo federal exige que a atual gestão dê conta dos recursos, por interpretar que não é válido esse tipo de prestação de contas.
De maneira firme, Cid Gomes, do Ceará contestou o pedido de Maranhão e disse que discordava. O governador paraibano tentou manter sua postura, na condição de presidente da mesa, e procurou esboçar uma votação da proposta. Cid Gomes explodiu: - Com todo respeito, isso aqui não pode virar um parlamento nacional. Não somos crianças, para se tratar uma questão desta forma. Nesse caso, não se trata de um pacto de solidariedade. Devemos sempre procurar posições de consenso, mas se há dissenso, então eu vou pedir verificação de quorum.
Saída honrosa
Constrangido, José Maranhão ainda tentou retrucar, ensaiando até retirar a proposta de moção, embora tenha assegurado que voltaria a apresentá-la no próximo fórum. Por intervenção de representantes do governo federal, o governador paraibano terminou concordando em levar a questão à Câmara de Conciliação existente no âmbito federal para esse tipo de caso.
Em tom de ironia, perguntou se o colega Cid Gomes concordava. Ele, mantendo uma postura ríspida, disse que não tinha de concordar ou discordar, apenas se posicionava a favor daquilo que acredita. De qualquer forma, garantiu que não apresentaria qualquer restrição à proposta da Câmara de Conciliação.
Após o mal estar, José Maranhão encerrou o Fórum. Um almoço aguardava os governadores, no restaurante do Hotel Tambaú.
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