13 de agosto de 2009

Ronaldo Cunha Lima é citado em novos atos secretos no Senado

Uma lista de 468 atos secretos surgiu na noite desta quarta-feira (12) no Senado. Foram emitidos há cerca de dez anos para nomeações, demissões e gratificações. Entre os atos, está o do então senador Ronaldo Cunha Lima, pelo PSDB da Paraíba, na época primeiro secretário e responsável pela administração, que nomeou o filho.


Outros atos alteram a estrutura de cargos e pessoal nas áreas de telefonia, biblioteca, serviço médico, segurança e comunicação. Criam funções de confiança para diretorias. E tratam até de folha de pagamento.

A lista foi entregue e divulgada pelo Jornal da Globo, que teve acesso com exclusividade e mostrou a documentação para nomear e dispensar funcionários dos gabinetes, da gráfica e do serviço de processamento de dados do Senado.

Tanto o Jornal da Globo, quanto a produção do Bom Dia Paraíba tentaram ouvir o ex-senador Cunha Lima, mas ele não retornou as ligações. Os atos secretos agora descobertos foram postados na rede de computadores do Senado no dia 29 de maio.

Entre 1998 e 1999, quando o senador Antônio Carlos Magalhães, na época ligado ao PFL, hoje renomeado para DEM, era o presidente do Senado, os atos secretos foram incluídos em boletins suplementares, e só agora disponibilizados na rede de computadores do Senado, depois que a comissão de sindicância iria terminar o trabalho com os atos secretos anteriores.

O primeiro secretário do Senado, senador Heráclito Fortes (DEM), encomendou uma investigação para descobrir novos atos secretos. Ele ficou surpreso. "Uma surpesa. Vem a ser um absurdo. Além de um crime, é uma irresponsabilidade. Torna totatalmente inseguro o trabalho feito. Nada me garante que algum maldoso, perverso, não tem ato secreto na sua gaveta", afirmou.

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