3 de novembro de 2009

Cartaxo reitera interesse de Lula em manter aliança PT-PMDB; Couto vê palanques distintos no estado



Mantendo o entendimento de que fazer parte de um governo liderado pelo PMDB configura o PT na mesma chapa em 2010, o vice-governador Luciano Cartaxo (PT) disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse em manter a aliança entre PT e o PMDB. Já o presidente estadual do PT, deputado federal Luiz Couto, segue outra tendência e crê que os dois partidos deverão figurar em palanques diferentes na sucessão estadual.
Luciano Cartaxo lembra que essa aliança na Paraíba foi construída desde 2006, quando o partido apoiou o governador José Maranhão (PMDB) e é governo, com a presença de Luciano. “Tudo isso favorece a aliança interna de discussão”, disse. Cartaxo complementou que todas as alianças nos Estados vão passar pelo crivo da direção nacional do PT.
“Essa é uma resolução tirada pela direção nacional”, explicou o vice-governador. “Depois, vamos ter de cuidar do caso específico da Paraíba. Vamos dialogar e tentar manter um PT forte no Estado”.
Já Luiz Couto pensa diferente. Com 11 estados brasileiros rompendo a aliança entre os dois partidos, o deputado espera que a composição do PT se dê com o PSB, partido do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho.
“Parte militância do PT tem a visão de que é preciso acabar com a “gangorra” política no Estado, mas isto só será definido em nosso congresso, que é a instancia maior do partido”, esclareceu.
No entanto, Couto só apoia a composição com o PSB caso fiquem de fora outros partidos interessados na mesma aliança: O PSDB e o Democratas. “Se resolvêssemos nos aliar a estes partidos aqui na Paraíba, certamente sofreríamos intervenção da nacional, que não aceitaria isto de forma alguma”, ponderou Luiz Couto.
Com relação ao rompimento do PSB, Luciano Cartaxo afirmou que tem trabalhado para tentar unificar todos os partidos que fizeram parte da aliança em 2006. “É possível que com a ação do presidente a gente possa unificar esse campo aqui na Paraíba. Quem pensar que vai fazer uma campanha no Estado sem olhar o que vai acontecer em nível nacional, com a eleição de presidente, vai cometer um grande equívoco”, afirmou o vice-governador.
da Redação
WSCOM Online

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