9 de julho de 2009

CPI da Petrobras divide aliados e alivia pressão sobre Sarney

A CPI da Petrobras dividiu ontem os partidos governistas, gerou embates e ameaças no plenário do Senado e, pelo segundo dia consecutivo, tirou do foco o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). A decisão final sobre a instalação ou não da comissão ficou para hoje.

A mudança no clima sobre o funcionamento da CPI ocorreu depois que a oposição anunciou que iria recorrer hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) e obstruir a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o que poderia atrasar o início do recesso parlamentar.

Antes favoráveis a impedir o início dos trabalhos, PMDB, PTB e PP passaram a acenar com a instalação da CPI e pressionavam ontem à noite o PT a fazer o mesmo. Os três partidos chegaram a ameaçar colocar a comissão em funcionamento sem o apoio do PT.

O impasse levou a uma reunião de última hora entre líderes do PMDB, PTB, PT e do governo, depois que Sarney prometeu ao PSDB e DEM que iria trabalhar pela instalação da CPI. Ele fez o gesto na tentativa de retomar o apoio dos partidos da oposição e, com isso, sair do centro da crise.

Ao final da reunião, o líder do PT, Aloizio Mercadante, disse que será realizada hoje uma reunião com os líderes de partidos governistas para decidir se vão aceitar o início da CPI.

Além do risco de derrota no STF, pesou na mudança de posição o fato de, horas antes, o PT ter divulgado uma nota dúbia em relação ao futuro de Sarney. Os petistas pediram a licença do peemedebista, mas disseram que não iriam pressioná-lo por sua saída do cargo.

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