8 de julho de 2009

PT desiste de pressionar Sarney a deixar cargo e diz que cabe a ele tomar essa decisão

A bancada do PT no Senado recuou na decisão de pressionar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a deixar o cargo. Reunidos nesta quarta-feira, os petistas negaram que foram enquadrados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e divulgaram uma nota reafirmando que são a favor do afastamento temporário de Sarney, mas que cabe ao peemedebista tomar esta decisão.

O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse que nunca exigiu que qualquer um dos 12 senadores da bancada abrissem mão das suas posições individuais. Na avaliação dos petistas, a saída temporária de Sarney traria credibilidade para as investigações e seria um gesto de grandeza.

"A bancada dos senadores manteve sua posição de sugerir que, num gesto de grandeza e de garantia à credibilidade das investigações, o senador José Sarney se licenciasse temporariamente", diz a nota do PT.

Mercadante negou que a Executiva do PT e o presidente Lula tenham interferido para aliviar a pressão contra o peemedebista.

Irritado com as interpretações sobre o encontro da bancada petista com o presidente Lula na semana passada, Mercadante disse que agora formaliza a posição por escrito e acrescenta as sugestões apresentadas pelos senadores do PT para resolver a crise considerada "estrutural, grave e que envolve aspectos éticos e políticos relevantes".

Na nota, os petistas apresentaram seis medidas para o Senado contornar a crise, entre elas a criação de uma comissão suprapartidária que atue em conjunto com a Mesa Diretora para preparar uma reforma administrativa, o funcionamento do colégio de lideres e a redução progressiva de até 60% com despesas de pessoal --com a extinção de departamentos da Casa.

Os petistas querem ainda diminuir os poderes da primeira secretaria, órgão administrativo da Casa que tem sido comandado nos últimos anos por parlamentares do DEM e do PMDB. A sugestão é redistribuir as atribuições com outras secretarias da Mesa Diretora, além de fixar em até quatro anos o mandato para os ocupantes do cargo de diretor-geral da Casa.

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